Há quem fique nervoso só à vista deste enunciado... Paciência, ainda não se encontrou melhor linguagem.
Os agnósticos põem-se imediatamente fora da questão ao assumir que nada aceitam que não seja susceptível de experimentação ou de demonstração. Os ateus, esses afirmam que esse Ser que nós chamamos Deus, pura e simplesmente, não existe. Contudo, não apresentam qualquer prova que fundamente tal afirmação.
O mistério não é um enigma, nem pertence ao domínio das chamadas ciências ocultas. Para o crente, mistério é tudo quanto se refere a Deus. Realmente, Deus não cabe no espaço do nosso discurso racional, o que não significa que seja irracional. Tal como na arte ou na poesia, só uma linguagem simbólica abre caminho para a realidade. Sinais, costumamos dizer, que o Criador deixou impressos nas criaturas e muito especialmente no Homem Jesus Cristo que é o grande sinal de Deus, seu Pai. Ao contrário da experiência ou da demonstração, este conhecimento simbólico não força a adesão. É para aqueles que livremente aceitam essa realidade que suavemente toca o seu coração.
Bem diferente é o que inadequadamente se designa por vezes de mistério: o mistério do infinitamente grande ou do infinitamente pequeno. Neste caso, ainda que por agora saibamos relativamente pouco, saberemos cada vez mais à medida que se forem aperfeiçoando técnicas e instrumentos. E não é absurdo pensar que num futuro distante venhamos a saber tudo.
domingo, 31 de agosto de 2008
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
S. Bernardo de Claraval
Hoje, dia do grande S. Bernardo, vem a jeito citar o extracto de um seu sermão:
"O amor subsiste por si mesmo. Ele próprio é para si mesmo o mérito e o prémio. O amor não busca outro motivo nem outro fruto fora de si; o seu fruto consiste na sua prática. Amo porque amo; amo para amar. Grande coisa é o amor desde que remonte ao seu princípio, que volte à sua origem, que torne para a sua fonte, que se alimente sempre da nascente donde possa brotar incessantemente."
"O amor subsiste por si mesmo. Ele próprio é para si mesmo o mérito e o prémio. O amor não busca outro motivo nem outro fruto fora de si; o seu fruto consiste na sua prática. Amo porque amo; amo para amar. Grande coisa é o amor desde que remonte ao seu princípio, que volte à sua origem, que torne para a sua fonte, que se alimente sempre da nascente donde possa brotar incessantemente."
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Escravidões
Oficialmente terminou a escravatura. Infelizmente porém ela ainda vigora em muitas regiões do planeta. O motivo, nunca a razão!, reside em se considerar que certos seres não têm direitos: inimigos vencidos, certas raças de indivíduos que não são bem pessoas, doentes, velhos, crianças do sexo feminino. Agora aqui por mais perto já não é bem assim, mas... tudo isso se fez, aos milhões, na culta Alemanha, na santa Rússia e na mais antiga civilização que se conhece - a China. Ainda hoje por toda a parte se pretende impor determinada ideologia; não se promove o sentido crítico, etc. De portas adentro, que se pode esperar de jovens que se limitam, ao longo do secundário e do universitário, a decorar fichas ou sebentas, que copiam sistematicamente e que são bem qualificados quando repetem docilmente o que decoraram ou melhor ainda a voz do mestre. E que mentalidade pode ter quem não lê nem ouve senão bola e mais bola? E que dizer da matança universal de crianças não nascidas? O motivo é o mesmo da antiga escravatura praticada pelos impérios "civilizados" - não são pessoas, não têm alma, portanto não têm direitos.
Subscrever:
Mensagens (Atom)