Teremos de concordar que as Missas são tristes; as chamadas “actividades” eclesiais, os grupos ou começam tristes ou caem, ao fim de pouco tempo, numa monotonia melancólica. Até as “festas” pascais, que deveriam ser uma explosão de alegria, não passam de rituais difíceis de entender, demasiado longos e fastidiosos. Há excepções, sem dúvida, que servem para confirmar a regra. E frequentemente são fruto de habilidades pastorais que não ultrapassam a superfície do mistério. Qual a razão?
Haverá muitas, mas talvez a razão mais profunda esteja em não se ter feito a experiência da presença viva de Jesus ressuscitado. Não se trata de “cumprir” leis, menos ainda de acrescentar mais alguns complementos litúrgico-pastorais. Não foi preciso nenhuma lei para arrancar o medo aos discípulos e lançá-los pelo mundo. Eles é que não cabiam em si de contentes nem em casa nem no torrão pátrio: não podiam calar o que tinham visto e ouvido. Isto não se consegue com habilidades, mais ou menos cantorias, mais ou menos violas. Trata-se de ver e ouvir, de fazer a experiência de se dispor cada um a deixar-se encontrar por Jesus ,que está tão vivo agora como quando se manifestou à Madalena ou a João. O amor não se pode conter - abre portas e janelas e transborda para os outros.
domingo, 19 de abril de 2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Sentença
Num destes mails piedosos e geralmente tontos que nos enviam, encontrei uma sentença cheia de sabedoria: "Deus deu-nos as coisas para usar e as pessoas para amar; infelizmente pode acontecer amarmos as coisas e usarmos as pessoas".
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Tempo
A coisa deve ser antiga a julgar pelos provérbios de muitas culturas. Mais que nunca neste nosso tempo que escorre a velocidades super-sónicas é de bom conselho reflectir um pouco. Apressa-te devagar, diziam os romanos. Parece contraditório mas a questão é precisamente essa. O tempo é breve, é preciso aproveitá-lo enquanto passa; por isso é preciso apanhá-lo na corrida. Mas com calma, para não o perder e nos perdermos. Anda toda agente a correr e ninguém tem tempo. Os sábios, os que sabem escolher correm mas devagar. Como? Não é possível ler tudo, ver tudo, experimentar tudo. Que fazer? Os insensatos não querem perder nada, vão a todas. Resultado: verdadeiramente não lêem nem vêem nem experimentam e recomeçam cada dia sempre mais cansados, mais inquietos, mais frustrados. Os sábios, ao contrário, estão em cada momento, saboreiam, fazem bem o que fazem, vêem bem o que vêem e sobra-lhes o tempo porque escolheram o que vale a pena ver ou fazer.
Ressuscitado
É tão grande o peso do mal no mundo que parece que nos esmaga. Só se diz mal, o mal que se faz, o mal que se é, a violência, o sem sentido, o absurdo... Tudo tão próximo pelos meios de comunicação, aqui e agora. Quase não dá para respirar. E no entanto é preciso respirar. Um cristão não tem o direito de desistir. O Ressuscitado é aquele que experimentou no corpo e na alma todo o poder do mal simbolizado nas chagas com que entrou na glória. Vencendo a morte, inaugurou os novos tempos em que a tristeza, a dor e a as lágrimas já seguem com a morte o cortejo dos derrotados. Por mais que apareça o domínio do mal, não há que temer: o monstro está ferido de morte. Compete a cada um de nós caminhar tranquilo mostrando os sinais de ressuscitado.
Oração irlandesa
“Que a estrada se levante para ir ao teu encontro.
Que o vento sopre sempre nas tuas costas.
Brilhe o sol, quente, no teu rosto;
caiam as chuvas macias nos teus campos;
e até nos encontrarmos outra vez…
Deus te guarde mansamente na palma da Sua mão.”
Que o vento sopre sempre nas tuas costas.
Brilhe o sol, quente, no teu rosto;
caiam as chuvas macias nos teus campos;
e até nos encontrarmos outra vez…
Deus te guarde mansamente na palma da Sua mão.”
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