sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Deus não é mudo

Deus falou-nos de muitas maneiras nos tempos antigos, pelos profetas. Neste nossos tempos que são os definitivos falou-nos pelo Filho”.

Assim começa a Carta aos Hebreus, ou seja aos cristãos oriundos do judaísmo. E falou porquê? – Porque nos ama. E para quê? – Para nos dizer quem é e o que espera de nós. Sendo o Filho a Palavra que exprime a totalidade do ser do Pai, depois dele já não há mais nada a dizer.
É o cúmulo do desejo impossível de quem ama: dizer-se completamente. Numa vida de amor todas as palavras, todos os gestos, todos os silêncios, são tentativas sempre renovadas e nunca inteiramente conseguidas, de se dizer. São tudo maneiras de exprimir a vontade de se dar.
Deus deu-Se-nos totalmente no Filho dizendo simultaneamente quem é – PAI. Consequentemente todos nós, se aceitarmos o dom que nos oferece no Filho, podemos também ser filhos com o direito de lhe chamar Pai e o dever de nos comportarmos como filhos.Esta é a nossa vocação: seja qual for a actividade que tenhamos que desenvolver ao longo da vida, é como filhos de Deus que a devemos exercer.

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